Longe de mim imaginar aqui há anos atrás, quando comecei a ouvir esta música na minha juventude, que estaria hoje a tocá-la com alunos meus, num palco, com machetes.
Nesse tempo, estávamos todos formatados que os machetes serviam para tocar apenas música tradicional.
Recordo-me de quando o Professor Ricardo Agrela, nos idos anos 90, apareceu na sala com uma música estrangeira, que nos fez dar voltas aos dedos, para tocá-la - The Enterteiner, de Scott Joplin. Foi, que me lembre, a primeira "aventura", tanto para nós então alunos, como para ele. Ainda hoje ele fala de como foi criticado por isso (...entre outras coisas mais). A verdade é que foi o início de um processo de quebrar preconceitos e cegueira cultural acerca da prática destes instrumento. O caminho foi-se percorrendo, e creio que ainda muito passos estão por vir...
Este momento aconteceu na Audição Musical do GCEA, a 20 de Novembro de 2010, no Auditório da RDP Madeira, que contou também com a participação de um aluno da classe do meu colega Pedro Temtem, a quem agradeço desde já.
The Final Countdown - Europe (1986)
Adaptação: Guilherme Órfão
(da direita para a esquerda):
Eduardo Câmara - braguinha
Jorge Natividade - ukulele
Marco Nunes - bateria
Guilherme Órfão - viola de arame
Roberto Moritz - viola baixo
Mais uma vez quero dar os parabéns, aqui publicamente a todos os intervenientes neste projecto: Eduardo Câmara - braguinha
ResponderEliminarJorge Natividade - ukulele
Marco Nunes - bateria
Guilherme Órfão - viola de arame
Roberto Moritz - viola baixo,
Pois fico muito feliz por ver aquilo que tenho defendido tomar cada vez mais o rumo certo.
Espero que esta seja mesmo a "Final Countdown", para que as entidades competentes e os responsáveis pela cultura na nossa região abram de uma vez por todas os olhos e deixem fazer quem sabe fazer.
Obrigado Roberto por partilhares comigo também esta ideia de inovação... pois só assim vamos conseguir levar os nossos instrumentos onde eles merecem ir...
Ao Guilherme Órfão, esse pequeno grande músico os meus parabéns pela criatividade e abertura a este projecto;
Ao Eduardo e ao Jorge também um profundo agradecimento por estarem nesta luta saudável que é o dar vida aos cordofones tradicionais madeirenses.
Grande Abraço a todos.
Realmente, quem iria imaginar!?
ResponderEliminarÉ notável toda a descoberta (ou redescoberta) que têm sofrido estes instrumentos, desde as suas potencialidades, repertório, técnica instrumental, método de ensino, entre outros tantos aspectos. Sem a entrega, a persistência e o contributo de muitos (alunos, professores, músicos, associações, instituições, escolas, e outros), nada do que se ouve e vê actualmente com estes machetes seria possível. Parabéns a todos e continuem a acreditar no vosso trabalho!
Nesta apresentação em concreto, parabéns ao professor e jovens machetistas e baterista, que defenderam muito bem o seus instrumentos. Grande rock ;)